NARDI, O IPTU E O FESTIVAL DA HIPOCRISIA
- Roberto Monteiro
- 23 de set.
- 2 min de leitura
No dia 22 de setembro, durante a sessão da Câmara Municipal que votava a adequação do IPTU através da aerofotogrametria e georreferenciamento, o engenheiro Nardi protagonizou mais um capítulo do festival de hipocrisia política.
Fez carreira sempre ao lado da família Camarinha, ocupando inúmeros cargos públicos, entre eles a diretoria da Sabesp e a vice-prefeitura de Marília. Como engenheiro civil, nunca teve destaque técnico, é mero assinante de projetos prontos.
CUSPINDO NO PRATO QUE COMEU
No governo Daniel Alonso, Nardi virou a casaca. Afastou-se dos Camarinha e tornou-se corresponsável pela devastação administrativa deixada por Daniel, que legou à cidade uma dívida de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 950 milhões no IPREM e o restante em restos a pagar.
Durante todo o mandato, votou fielmente com o ex-prefeito, inclusive contra as mais de 30 CPs protocoladas, que poderiam ter levado à cassação de Daniel Alonso. Até hoje, não apresentou explicações sobre o rombo.
O PRESENTE DE PAPAI NOEL
O maior prejuízo de seu legado foi a concessão do DAEM. Não que a concessão em si seja o problema, mas a forma como foi conduzida: cheia de irregularidades e entregue de graça, presente de papai Noel do Daniel e seus vereadores, inclusive Nardi, para a RIC Ambiental, único consórcio que concorria.
Informações de bastidores indicam que, pela experiência que possui, Nardi teve participação direta nas negociações. Votou a favor da concessão e contra o interesse da população.
Preocupa-me a possibilidade de que sua capacidade cognitiva esteja comprometida, pois é inacreditável ter sido cúmplice da destruição promovida por Daniel Alonso e, agora, se colocar contra o prefeito Vinicius Camarinha, que conduz a reconstrução progressiva de Marília. Esse papel não lhe cabe, e esse figurino não lhe serve.
NARDI E A FALTA DE ÁGUA
A crise da falta de água que assola Marília também traz a marca de Nardi. Ele ocupou por longos anos a diretoria do DAEM e, quando não estava no comando, nomeava seu preposto, o engenheiro Polegato. É, portanto, um dos principais responsáveis pelo sucateamento do sistema de abastecimento de água.
PRESIDÊNCIA DA CÂMARA E SEDE POR CARGOS
Sua oposição ao governo de Vinicius Camarinha não nasce de causas de interesse público. O que move Nardi é o ressentimento por não ter sido escolhido para presidir a Câmara e pela ausência de cargos para nomear seus cúmplices.
Apesar de décadas na política, Nardi repete sempre o mesmo padrão: troca de lado conforme a conveniência e luta apenas por cargos, nunca por causas, exatamente como no governo Daniel Alonso.
Nardi entrou na política pela porta da frente, mas tudo indica que sairá pelos fundos, carregando o peso de sua hipocrisia.
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