As Imprecisões da Vida
- Roberto Monteiro
- 9 de mai.
- 1 min de leitura
A frase "Navegar é preciso, viver não é preciso", de Pompeu e popularizada por Fernando Pessoa, reflete a precisão da arte e a incerteza da vida. A vida, muitas vezes, nos surpreende com imprecisões que mudam tudo.
John Lennon, ex-integrante dos Beatles, foi assassinado aos 40 anos em 1980, em frente ao seu apartamento, o que chocou o mundo. A imprevisibilidade da vida também se mostrou no caso de Rafael Henzel, jornalista e sobrevivente do trágico acidente da Chapecoense, que morreu de infarto em 2019, aos 45 anos, após se recuperar de um desastre que mudou sua vida.
Até no futebol, a história foi marcada por imprecisões. Em 1958, Garrincha não seria convocado para a Copa, já que os dois pontas-direitas seriam Julinho Botelho e Joel, mas Julinho declinou da convocação. Garrincha entrou no time, e o Brasil seguiu em frente. Após vencer a Áustria (3x0), empatar com a Inglaterra (0x0), o Brasil enfrentou a temida URSS. O técnico Feola, pressionado pelos jogadores mais experientes como Bellini, Nilton Santos e Didi, fez mudanças no time, colocando Garrincha, Pelé, Vavá e Zito. No pré-jogo, Garrincha, sempre irreverente e impaciente com a preleção do técnico Feola, perguntou: "Mas o senhor já combinou com os russos?". O resto, como sabemos, é história: o Brasil se consagrou campeão, e Pelé e Garrincha jogaram juntos em 22 jogos pela seleção, sem derrotas, com 17 vitórias e 5 empates.
A vida é imprecisa, mas cheia de momentos que se tornam eternos.
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